quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A incompetência dolosa socialista

António Costa chegou ao poder nas circunstâncias que se conhecem; depois de perder umas eleições que supostamente ganharia com maioria absoluta não hesitou em aliar-se a comunistas e "bloqueiros" para derrubar os vencedores e se instalar em São Bento.
Depois governou como se sabe: sempre de sorriso na cara, bonacheirão (a vida ia-lhe correndo bem), dando-se ares de superioridade, alternando a condescendência para com a oposição - a quem acusava de "não saber perder" - com a ridicularização da mesma, por prever catástrofes que teimavam em não chegar. 

Tudo era bom no planeta Costa: os salários da função pública aumentavam, o tempo de trabalho diminuía, os feriados voltavam, a austeridade era decretada extinta e todos éramos muito felizes. Algumas das medidas eram acertadas - nalguns casos estavam já previstas no programa do anterior governo (que ao contrário de Costa era completamente inábil em articular a sua mensagem e a sua imagem, para além de outras deficiências que não vêm ao caso) - mas a mensagem geral era e é completamente errada: transmite ao País a ideia de que nada de errado se passou, que o nosso modelo económico era são e que a auteridade foi uma espécie de capricho de figuras draculianas que se alimentavam do sangue dos pobres. Enfim que é preciso esquecer completamente o passado e "virar a página", como se tudo não tivesse passado de um pesadelo. Que a ordem é rica e o Estado pode dispensar as benesses que quiser, que há que chegue e sobre para todos, que basta os salários aumentarem para com isso aumentar o consumo e a economia crescer. Enfim, muitos dos elementos que nos levaram precisamente à situação de falência de 2010.

Mas as notícias teimavam em ser boas, todas elas. Depois de anos de bombardeamentos diários dos media de notícias terríveis e trágicas do País, vivia-se agora uma grande "paz social". Tudo estava bem e só havia boas notícias. As greves haviam acabado. Já não tínhamos à frente do Governo um "ladrão" que "roubava" os portugueses. Tínhamos agora um amigo dos portugueses. Aliás, dois. Costa e o seu sorriso, Marcelo e os seus abraços, estavam por todo o lado.  A economia crescia, o desemprego diminuía, havia grande confiança e alegria. Até Portugal foi campeão europeu de futebol! Era tudo obra deste governo (e do Presidente).

Pouco importava se o crescimento fosse em grande parte resultado das medidas do anterior governo. Pouco importava se ele resultasse também de um ciclo económico favorável na Europa e no mundo. Pouco importava se parte do crescimento (e das exportações) se devessem ao turismo que aumentou tremendamente face à ameaça terrorista em muitos dos outros destinos concorrentes.
Pouco importava se tivessem sido decretados impostos, taxas e taxinhas, desde o açucar das bebidas ao Sol nas varandas dos apartamentos.
Pouco importava se tivessem sido decretadas "cativações" que são cortes e austeridade com outro nome (quando o governo percebeu que caso contrário não controlaria o défice).
O que importava era que o povo andava alegre e contente.

E então chegaram o roubo de Tancos e os incêndios. E aí foi um desfilar doloroso (e doloso) de incompetência grotesca deste (des)governo socialista. Quando não bastavam sorrisos e banha da cobra, quando era precisa liderança, capacidade de comando, trabalho duro, este governo mostrou a sua total incompetência.

Costa é um charlatão. É o chefe da banda que acha que não precisa de saber música, bastando gesticular com ar sabichão. É um aldrabão: diz o que as pessoas querem ouvir, mesmo que isso seja mentira. É um político sem grandes princípios: o seu princípio é manter-se no poder, usando de todos os esquemas e subterfúgios para tal.

Se Costa se mantiver no poder daqui a uns anos o País estará semelhante aos tempos socráticos.

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