quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Teorias da conspiração

O tema já cansa, é verdade mas a necessidade de sanidade mental por vezes obriga-nos a recapitular os factos para nos conseguirmos subtrair à voragem das narrativas "oficiais".

Donald Trump já mostrou diversas fragilidades de carácter e cometeu alguns erros bastante graves. Atentemos porém ao que se passou imediatamente antes da sua eleição e nos meses seguintes até ao dia de hoje.

1. Poucas semanas antes da eleição foram divulgadas conversas privadas, que nada tinham que ver com a campanha, nas quais Trump fazia comentários brejeiros sobre as mulheres. As conversas tinham sido gravadas às escondidas, anos antes.

2. Toda a comunicação social garantia que Trump não tinha qualquer hipótese de vencer.

3. Na noite das eleições as televisões americanas mostraram em directo o cortejo de Hillary Clinton, ao abandonar a sua residência em direcção à sede de campanha, como se de uma marcha triunfal se tratasse.

4. Nessa mesma noite, depois de se tornar evidente que Trump ia ser eleito, durante mais de uma hora deixaram de ser apresentados resultados, os quais "oficializariam" essa vitória. Durante esse tempo as contagens de votos dos Estados ainda em aberto permaneceram na casa dos 90 %, com Trump à frente mas sem ser declarado vencedor, e nada se passou.

5. Anunciados os resultados, logo de imediato se começou a falar do cenário dos delegados do colégio eleitoral alegadamente se recusarem a votar Trump. Essa narrativa durou algumas semanas mas no fim Clinton "perdeu" mais delegados do que Trump.

6. Eleito Trump iniciou-se outra estória que prometia impedir a sua eleição: a recontagem de votos, solicitada por uma candidata que tinha tido 1 % dos votos, por alegadas "irregularidades". A recontagem parou quando os números começaram a ser ainda mais favoráveis a Trump do que os resultados iniciais.

7. Depois começaram as manifestações violentas, o "Not my president" e o "resist".

8. Ao mesmo tempo iniciou-se a estória da "interferência" russa, do "conluio" com os russos e da "obstrução à justiça". Um ano depois nada de substantivo foi apresentado. As investigações estarão agora, de acordo com os media que se opõem a Trump, especialmente a CNN, o New York Times e o Washington Post, a incidir também sobre actividades financeiras de Trump, seus familiares ou associados, com cidadãos russos e agora também ucranianos, mesmo antes da campanha e sem relação qualquer com ela. Segundo esta mesma imprensa, o "cerco vai-se apertando".

9. Alguém desconfiado e dado a teorias da conspiração poderia ser levado a crer que o "deep state" americano (o poder não eleito nos EUA), aliado ao sistema de poder internacional globalista estava por todos os meios a tentar reverter uma eleição democrática por o vencedor não fazer parte desse sistema e colocar em causa certas "verdades" universais e inquestionáveis nos nossos dias. Isso não passaria porém certamente de uma congeminação de uma mente delirante e dada a tese paranóicas. O importante é comer e calar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diga-nos o que pensa sobre o assunto ou coloque uma questão.