sábado, 2 de maio de 2020

A estranha agenda do Papa Francisco

Uma das piadas comuns nos filmes americanos, quando alguém pergunta alguma coisa óbvia é responder com outra pergunta, nomeadamente: "Is the Pope a catholic?". Isto tem talvez mais impacto nos países anglo-saxónicos na medida em que são maioritariamente protestantes ou anglicanos para os quais o Papa é o sinal e o símbolo mais distintivo do catolicismo.

Esta introdução apresenta o tema, agora já não como piada: o Papa é católico? Ou até, o Papa é cristão?

O assunto não é fácil para nenhum cristão, especialmente para os católicos, para quem o Papa, independentemente da personalidade e da inclinação mais ou menos ortodoxa, é sempre o Papa, é sempre uma figura de inspiração a quem se deve reverência ou pelo menos respeito.

Por outro lado, este Papa é, ou procura ser, uma figura simpática, uma pessoa que aparenta ser bondosa, humilde e preocupada com os mais fracos.

No entanto há uma série de coisas que desde o início causaram alguma apreensão. A primeira delas foi a abdicação do Papa Bento XVI, algo que nunca foi bem explicado. Alguns disseram que a situação era irregular, que Bento se mantinha o Papa legítimo.

Em 2013, Francisco profere uma frase estranha sobre a homossexualidade que acaba em "quem sou eu para julgar?". Uma frase que se permite a múltiplas interpretações e que mina as posições claras da Igreja sobre o assunto.

Depois houve a visita aos EUA em 2015 e a proximidade absolutamente excessiva, mesmo cumplicidade com Obama que deixou uma parte importante dos católicos muito preocupada, atendendo às posições de Obama sobre o aborto (e não só). Com Trump viria a fazer cara de enterro.

Ainda no mesmo ano teve lugar o polémico Sínodo sobre a família e em 2016 a controversa exortação apostólica "Amoris laeticia".

É igualmente de 2015 a encíclica Laudato Si' sobre o meio ambiente. Se a preocupação com a natureza e a criação é um valor para todos os católicos e deve merecer atenção do Papa - e lembremos aqui São Francisco e o lobo de Gubbio, para dar só um exemplo - já a proximidade com posições "ambientalistas" e a crença nas "alterações climáticas" parece demasiado próxima da agenda globalista.

Este Papa fala muito de economia, dos pobres, das desigualdades (o que é importante), mas não fala o suficiente da Fé, de Jesus Cristo e do Reino dos Céus. Parece demasiado preocupado com questões políticas e pouco crítico da agenda global do politicamente correcto. 

Aliás, parece até abraçar essa agenda, a qual já deu todos os sinais inequívocos de ser uma agenda profana, agnóstica, ateísta que tem como dogmas o aborto e a promoção da homossexualidade. 

Comecei a escrever este texto há bastante tempo. Hoje, quando a humanidade se encontra numa encruzilhada e se luta uma batalha pela consciência e pela liberdade, o Papa não se pode esconder nem pode ser neutro. Terá que se assumir e quando se assumir saberemos de que lado está.

Em Setembro de 2018 o Vaticano assina um acordo com a China, que reconhece a Igreja oficial chinesa, controlada pelo Partido Comunista chinês. Aparentemente a "Igreja subterrânea", que não aceitou submeter-se aos maoístas, cujos membros são também conhecidos por "lealistas ao Vaticano", foi traída. E a verdade é que as perseguições chinesas aos cristãos aumentaram e entre Dezembro de 2018 (pouco antes do Natal) e a Páscoa de 2019, muitos foram presos e templos foram demolidos.

Um mau sinal, que faz lembrar o passado pouco claro de Bergoglio na Argentina, retratado no filme "Os dois Papas".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diga-nos o que pensa sobre o assunto ou coloque uma questão.